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O tratamento com a Cannabis Medicinal pode ser usado para diversas condições clínicas, desde as mais simples até casos graves em que os cuidados paliativos são essenciais.
Um dos aspectos mais importantes do uso da Cannabis Medicinal é que o indivíduo é o foco do tratamento, ou seja, o objetivo é promover a melhora dos sintomas nas condições clínicas, mas também o tratamento dos aspectos psicológicos e de bem-estar dos pacientes. Por isto, os tratamentos à base de Cannabis Medicinal estão sendo considerados – não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro –  uma revolução na medicina moderna.

Para que você entenda melhor sobre as principais patologias tratadas com a Cannabis Medicinal, abaixo você vai encontrar informações preciosas sobre cada condição clínica e os benefícios do tratamento para cada uma delas.  São informações rápidas, mas esclarecedoras para quem quer saber mais sobre o assunto.
Principais condições clínicas tratadas com Cannabis Medicinal

Epilepsias

"50% dos casos de Epilepsia são diagnosticados durante a infância e ocorrem em crianças menores de 5 anos."
Revista Neurociências
A epilepsia é a ocorrência espontânea e imprevisível de convulsões, ou seja, "sinais e sintomas transitórios devido a atividades excessivas das células cerebrais, sincrônicas e anormais". (Simonato, 2018)

Atualmente, o Brasil possui cerca de 3 milhões de pacientes com epilepsia e cerca de 30% dos casos são refratários – o que significa que não respondem adequadamente aos tratamentos farmacológicos tradicionais. Todos os anos, mais de 100 mil novos casos são diagnosticados e destes, uma grande parcela é classificada como refratária.

Casos como a Epilepsia Benigna de Infância, Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-Gastaut, Síndrome de Rett, CDKL5, Síndrome de West e Síndrome de Doose também podem ser tratados através do uso da Cannabis Medicinal.

Extratos à base de Cannabis Medicinal atuam diretamente na redução da frequência das crises de epilepsia refratária quando comparada a frequência de convulsões dos pacientes que utilizam apenas medicamentos anticonvulsivantes tradicionais. Também podemos observar melhora do sono e humor nestes pacientes além de que os extratos não possuem efeitos colaterais importantes.

Esclerose Múltipla

"Existem evidências substanciais e conclusivas de que a Cannabis Medicinal melhora os sintomas da espasticidade e da dor crônica presente em pacientes com Esclerose Múltipla."
Academia Nacional de Ciências e Engenharia dos EUA

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, crônica, degenerativa que afeta o cérebro, medula espinhal e nervos ópticos. É causada quando o sistema imunológico ataca as próprias células do sistema nervoso central. Isso acontece porque o sistema imune confunde as células saudáveis como "intrusas" e as ataca, provocando lesões cerebrais.

Ao longo do tempo, a degeneração da mielina (uma camada que envolve os neurônios) provocada pela doença causa lesões no cérebro que podem levar à atrofia ou perda de massa cerebral. 

Atualmente, a esclerose múltipla atinge cerca de 40 mil brasileiros e a doença não tem cura. Os tratamentos podem reduzir a progressão e ajudar a controlar os sintomas. Geralmente, o tratamento consiste na administração de medicamentos que visam gerenciar os sintomas e a recuperação dos ataques do sistema imune que afetam o cérebro, nervos ópticos e medula espinhal. 

A Cannabis Medicinal proporciona alívio direto nos sintomas que acompanham a Esclerose Múltipla – EM, como as dores em geral, desconforto gastrointestinal, espasmos musculares e até a paralisia – os extratos à base de Cannabis Medicinal podem funcionar como adjuvantes do tratamento e até substituir alguns medicamentos prescritos que, geralmente, possuem efeitos colaterais e, na maioria das vezes, são poucos eficazes. 

Dores crônicas

"Estima-se que cerca de 30% da população mundial apresente dores crônicas."

Organização Mundial da Saúde

A dor crônica pode ser definida como a dor contínua ou frequente de duração mínima de três meses, muitas vezes tem a causa incerta, não desaparece com o uso de medicamentos comuns e uso dos procedimentos terapêuticos convencionais. Pode causar incapacidades e inabilidades prolongadas.

Lidar com dores crônicas pode se tornar uma jornada difícil e longa. Geralmente, inicia-se com desconfortos leves e pequenos problemas aparentes e progride para a cronicidade aumentando os níveis da dor trazendo grandes incômodos aos pacientes. As dores podem ocasionar sentimentos de desesperança, depressão, angústia e isolamento social.

Costuma-se dividir a dor crônica em dois tipos: a
dor nociceptiva, ligada a lesões no tecido, e a dor neuropática, que se relaciona a lesões nos nervos.

A inclusão da Cannabis Medicinal no tratamento de pacientes que sofrem dores crônicas, demonstrou que muitos deles são capazes de diminuir as doses de medicamentos  tradicionais e, até mesmo, eliminá-los completamente. Estima-se que a Cannabis Medicinal trás uma redução de cerca de 30% nas escalas de dor dos pacientes, trazendo uma melhora significativa na qualidade de vida.

Ansiedade 

No Brasil, cerca de 18,6 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno de ansiedade. 

Organização Mundial da Saúde

Uma condição incômoda, angustiante e muito comum. No mundo, são registrados 284 milhões de casos de pessoas ansiosas (aproximadamente 4% da população mundial), das quais 62% do sexo feminino.
 

Os medicamentos tradicionais mais prescritos para os diferentes transtornos de ansiedade atuam de forma prolongada e tem diversos efeitos colaterais. Neste cenário, os produtos à base de Cannabis têm se mostrado uma alternativa viável e eficiente. Pacientes que fazem uso de terapias com Cannabis medicinal relatam melhoras clínicas tanto para casos de transtornos persistentes quanto para casos de ansiedade leve causada pelo estresse diário.

Transtorno do Espectro Autista 

No Brasil, em torno de 4,84 milhões de pessoas apresentam diagnósticos dentro do TEA . 

Organização Mundial da Saúde

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, dificuldades na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, tendo um repertório restrito de interesses e atividades.

O autismo atinge ambos os sexos embora o número de ocorrências seja maior no sexo masculino. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo possuam algum tipo de classificação dentro do TEA.

O Canabidiol (CBD) se apresenta como uma terapia complementar que obteve performance positiva no controle do TEA em ensaios clínicos e laboratoriais e, também, tem apresentado resultados promissores nos efeitos de alguns sintomas comportamentais do TEA, como distúrbios do sono, convulsões e hiperatividade.

Neoplasias

Estima-se que entre 2023-2025 serão diagnosticados cerca de 704 mil casos de câncer no Brasil a cada ano.

Instituto Nacional do Câncer

As neoplasias ou cânceres ainda representam um dos maiores desafios para a ciência médica. 

A Cannabis medicinal tem importante aplicação na terapia oncológica – vários estudos demonstram um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes com a redução da ansiedade, depressão e insônia, melhora do apetite, náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia e, também, como um adjuvante no alívio das dores neuropáticas de pacientes em cuidados paliativos.

 

A Cannabis Medicinal atua em diversos estágios da doença, tanto na redução dos efeitos adversos dos tratamentos quimioterápicos e radioterápicos, quanto no alívio da dor, promovendo maior equilíbrio e conforto aos pacientes em diferentes fases da doença.

Doença de Alzheimer

Cerca de 35 milhões de pessoas no mundo sofrem de Alzheimer. 

Organização Mundial da Saúde

Considerada uma enfermidade neurodegenerativa, incurável e que se agrava ao longo do tempo, o Alzheimer pode ter sua progressão controlada se tratado corretamente.

A maioria dos pacientes diagnosticados com a doença são idosos e tendem a apresentar perda gradual de funções cognitivas – como, por exemplo, perda de memória, de orientação, de atenção e de linguagem – causadas pela morte de células cerebrais.

Os canabidioides se mostram eficazes como uma alternativa ou como adjuvantes no tratamento usual do Alzheimer por apresentarem efeitos colaterais reduzidos e atuarem na etiologia da doença, prevenindo ou retardando sua progressão.

“Descobrimos que o canabinol (CBN) protege as células cerebrais do estresse oxidativo e da morte celular – dois dos principais contribuintes para a doença de Alzheimer”, diz a professora Drª Pamela Maher da Universidade da Colúmbia Britânica. 

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