Todo mundo pensa que a Cannabis Medicinal é um produto que possui característica única, que promove efeitos psicotrópicos e entorpecentes em pacientes. Desde já, queremos esclarecer que este é um grande engano! A verdade é que a Cannabis Medicinal é representada por vários compostos ativos encontrados em inúmeras espécies da planta cannabis. Por causa desta diversidade, se derivam linhas de produtos que atuam em diversos tipos de doenças físicas, mentais, severas, crônicas e até terminais. Com o uso contínuo deste tipo de medicamento, é possível observar uma melhora significativa na condição física do paciente e, em alguns casos, é possível até observar uma redução no uso de medicamentos convencionais. É dito que a Cannabis Medicinal atua diretamente no bem-estar do paciente, desta forma, frequentemente, seu uso está associado aos tratamentos convencionais.

Finalmente, você vai conhecer a diferença entre os componentes ativos CBD e THC presentes em diversas espécies da Cannabis. O CBD, também conhecido como Canabidiol, é um de uma série de compostos ativos encontrados na planta cannabis. Ficou famoso por causa de suas propriedades medicinais e, principalmente, porque não ser intoxicante, não causar dependência e possuir poderosos efeitos terapêuticos. As espécies cultivadas para produzir óleos e produtos à base de CBD já possuem em sua genética o fator THC reduzido, o que na prática confere aos produtos níveis quase ZERO de THC. É possível fazer a importação deste tipo de produto através de autorização junto à Anvisa. Mas é preciso ter receita médica! O THC, também conhecido como Tetrahidrocanabinol, é também um composto ativo encontrado em algumas espécies da cannabis e, é responsável por potencializar os efeitos do CBD. O THC que contém Delta 8 deixa o organismo em equilíbrio sem causar sedação, já o Delta 9 causa o efeito de sedação. Mas não pense que ao consumir um produto à base de THC que você vai ficar chapado e fora do ar, não é assim que funciona! Os produtos são desenvolvidos com diferentes níveis de concentração e apenas um médico será capaz de avaliar o melhor tratamento para você. E, sim, os medicamentos à base de THC promovem bem-estar, aliviam sintomas, reduzem os efeitos de doenças crônicas e muitas vezes terminais. Os produtos com THC são obtidos apenas através da liberação de importação junto à Anvisa.

Pense conosco, todo é qualquer tratamento deve ser acompanhado por um médico qualificado e especialista, apenas ele saberá recomendar o melhor tratamento para o seu caso. Como qualquer remédio, a Cannabis Medicinal possui diferentes tipos de composições, compostos ativos, concentrações e dosagens . Por exemplo, um Óleo com o composto ativo do CBD possui dosagens imperceptíveis de THC e é, justamente, o componente do THC presente em algumas espécies da cannabis que produz o efeito psicotrópico. Com esta informação podemos concluir que o CBD não possui efeito alucinógeno. Aliás, para que um produto à base de CBD seja vendido em farmácias no Brasil, a Anvisa exige comprovação que a dosagem de THC presente em sua fórmula seja menor que 0,2%. Além de exigir todos os certificados de origem dos ingredientes, formulação do produto, qualidade e processos de fabricação. Tudo é muito controlado. Em outras palavras, um óleo à base de CBD não vicia ninguém. Existem também os Óleos CBD associados a outros canabidiois, o que na prática quer dizer que em sua composição as concentrações e tipos de espécies de cannabis variam e podem conter THC. Estes produtos só são possíveis de serem obtidos através da solicitação de importação junto à Anvisa e, também, precisam obedecer a um controle rigoso não apenas de documentos e informações a serem compartilhadas com a Anvisa, mas também de certificação de origem de produção, composição e fabricação. Tudo isto para garantir a qualidade dos produtos medicinais que chegam ao nosso país. Os Medicamentos à base de Cannabis com THC – como muitos outros (antidepressivos, remédios para insônia, emagrecimento e etc.) – podem causar dependência e eles são recomendados em casos severos de algumas doenças devido ao efeito de alívio, bem-estar e relaxamento em pacientes. E aqui, mais uma vez o acompanhamento médico é essencial para medir a evolução do tratamento e minimizar os impactos de possíveis efeitos. Para obter a liberação do uso de medicamentos à base de THC é através da licença de importação junto à Anvisa.

A resposta é não!!! Este assunto é muito sério e a maconha no Brasil é considerada uma droga ilícita. Para o uso de certos medicamentos à base de Cannabis Medicinal é necessária a devida liberação junto à Anvisa. O que você precisa entender é que os medicamentos feitos à base de Cannabis possuem composições, dosagens e concentrações variadas – alguns deles são desenvolvidos com diferentes espécies da planta e, como você já sabe, cada caso é um caso, não é?! Apenas um médico experiente saberá exatamente qual a dosagem recomendada para você, só assim a medicação produzirá o efeito necessário. Por isso, converse com seu médico e não use produtos vendidos ilegalmente que, muitas vezes, são adulterados em sua composição, não possuem origem controlada e não passam por testes de qualidade e estabilidade. Com a saúde não se brinca, muito menos com a de seus entes queridos. Fazer o que é certo, sempre é o melhor caminho.

Sim e não! Respondendo o óbvio, a Cannabis é uma planta que possui diversas espécies e compostos ativos. E, muitos dos produtos comercializados no Brasil, ainda são extraídos 100% da planta de forma natural, tais como os extratos e óleos essenciais. Mas, com a popularização no mundo inteiro, já começam a surgir inúmeras categorias de produtos à base dos compostos ativos das plantas da cannabis. Nos Estados Unidos, por exemplo, já é possível comprar leite com CBD, chocolates, pomadas, cosméticos e diversos outros produtos que passam por processos de industrialização e que, mesmo assim, trazem os efeitos benéficos da planta em sua composição.

Se a Anvisa liberou... é! Não existe um órgão superior à Anvisa na questão da liberação do uso de medicamentos no Brasil, é um órgão muito sério e merece o nosso respeito. Se a Anvisa liberou o uso de um medicamento, significa que ela já fez todas as verificações necessárias – nos mais diversos níveis – para o uso seguro do medicamento. Para a liberação de um produto à base de cannabis são exigidas comprovações desde os processos de fabricação, a composição química dos produtos e a eficiência nos tratamentos, bem como, as certificações de qualidade e de boas práticas, até as certificações dos órgãos legais do país de procedência em relação à origem legal dos ingredientes. Em resumo, a Anvisa quer saber até onde a planta foi cultivada e se está em conformidade com a legislação local. Bacana, né? Dá pra ver que é um trabalho muito competente. Portanto, fique atento às marcas de produtos. Sempre consulte o site da Anvisa para ver os remédios liberados e que são confiáveis.

A planta da Cannabis é extremamente versátil. Cannabis é o termo científico ou botânico para a planta que popularmente é conhecida como maconha, erva, ganja, cânhamo, entre outros. As espécies mais utilizadas em medicamentos são a Cannabis Sativa, Cannabis Indica e Cannabis Rudelis – e, os principais compostos ativos contidos nas plantas são o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). Mas não se engane! Existem mais de mil componentes químicos na Cannabis e é nas flores das plantas fêmeas que se concentram a maior porcentagem de fitocanabinoides. A grande descoberta do uso destas plantas é que estes fitoncanabinoides atuam diretamente nos receptores canabinoides existentes no organismo humano. Por isto, os medicamentos são desenvolvidos em forma de extratos orgânicos, naturais e full spectrum. Em outras palavras, estes medicamentos não são produzidos com uma molécula única e sintética fabricada em laboratório. São totalmente naturais! Os benefícios da Cannabis Medicinal variam de acordo com a espécie da planta utilizada no tratamento e podem atuar em doenças crônicas e, até mesmo, em doenças refratárias – ou seja, aquelas que não respondem às medicações convencionais. Sua atuação é tão ampla que os diversos componentes das plantas atuam não só nos receptores canabinoides do nosso corpo, mas também, influenciam outros sistemas como o glutamato (relacionado à ansiedade, à dor, ao humor), o sistema gama (relacionado à ansiedade, à diabetes, à perda de peso), o sistema imune (relacionado à inflamação aguda e crônica), o sistema de endorfinas (relacionado à analgesia e prazer) e o sistema vaniloide (relacionado à dor aguda e crônica). Preparamos para você uma lista da ação e dos efeitos farmacológicos dos fitocanabinoides classificados em estudos: Analgésico Antiespasmódico Anticonvulsionante Ansiolítico Antipsicótico Antidepressivo Antioxidante Metabolismo da gordura Insônia Antidiabético Antiepilético Anticancerígeno Anti-inflamatório Broncodilatador Estimulador ou Redutor de Apetite Indutor de Sono Relaxante Muscular Perda e ganho de peso Vaso relaxante Antibacteriano Antimicrobiana Antipsoríase Antidiarreico Imunosupressor Anti-isquêmico Osteosíntese (estimulante ósseo) Neuroprotetor Antiproliferativo Antiemético (náuseas e vômitos)

O Sistema Endocanabinoide (SEC) tem como função facilitar a comunicação intercelular entre diversos tipos de células através de impulsos elétricos e reações bioquímicas, é um importante aliado da regulação e equilíbrio de uma série de processos fisiológicos do corpo humano. Em outras palavras, ele é responsável por regular os sistemas neurotransmissores presentes em um indivíduo. O SEC afeta diretamente a forma de comer, relaxar, dormir, sentir dor, lembrar e movimentar dos seres humanos. É formado por receptores localizados nas membranas celulares do corpo, eles captam os canabinoides produzidos pelo corpo humano, são eles: CB1 e CB2. Os receptores do Corpo Humano, também conhecidos como Endocanabinoides: São produzidos naturalmente e sob-demanda no neurônio pós-sináptico do corpo humano, tem a função de reparar ou modular a função de outros mediadores, e estão acoplados à proteína G das membranas celulares. São eles: CB1 – TIPO 1 São RECEPTORES CEREBRAIS encontrados no Sistema Nervoso Central CB2 – TIPO 2 São RECEPTORES PERIFÉRICOS encontrados no Sistema Imunológico e Células Hematopoiéticas Já os Fitocanabinoides (exógenos) são produzidos a partir da planta da Cannabis se ligam e ativam a proteína G pré-sináptica dos receptores CB1 e CB2 presentes no organismo humano – produzindo um estímulo direto no Sistema Endocanabidioide dos pacientes. Em outras palavras, os medicamentos à base da Cannabis Medicinal estimulam o SEC com canabinoides vindos de plantas – e, atuam diretamente na melhora dos sintomas em diferentes níveis (físico e mental), promovendo um reequilíbrio do corpo humano.

Apesar da Cannabis Medicinal possuir um grande número de compostos ativos para diferentes doenças, sempre existem aquelas que – por suas características e gravidade – são as mais procuradas para o tratamento com a Cannabis. Conheça aqui as 30 doenças mais relacionadas ao uso da Cannabis Medicinal: Epilepsia Transtorno do Espectro Autista Doença de Parkinson Dor crônica Câncer Ansiedade Transtorno de Tecidos Moles Paralisia Cerebral Esclerose Múltipla Retardo Mental Transtorno Depressivo Fibromialgia Demência Neuropatia Transtorno de Desenvolvimento Transtorno Mental Transtorno do Sono Doença de Alzheimer Transtorno Hipercinético Doença Degenerativa do Sistema Nervoso Cefaléia HIV Artrite Adicção a Drogas Hepatite C Depressão Esclerose Múltipla Estresse Pós-Traumático Espasmos Musculares Glaucoma

A Cannabis é uma planta inteligente, seus estudos tiveram avanços significativos ao longo dos anos e há quem diga que ela é uma espécie de "faz tudo" farmacológico, porque os tricomas da sua flor proporcionam uma regulagem integral ao corpo humano. E o aspecto extraordinário do tratamento com a Cannabis Medicinal é que seus compostos restauram não apenas a saúde física e mental mas, também, trazem equilíbrio e bem-estar a pacientes em diferentes estágios de comorbidades. Por isto, o foco do tratamento está no indivíduo, não na doença propriamente dita.